Originalidade, acima de qualquer tendência

O que faz um cozinheiro, chocolateiro ou confeiteiro, tornar-se um profissional de sucesso? Como buscar o reconhecimento em frente a um universo tão disputado e com tantas opções diferentes?

A resposta sempre é criar uma identidade. Uma identidade como marca, como profissional para criar receitas ou produtos. A chave é a busca pela autenticidade. Afinal, o que é ser autêntico?

Autêntico é aquele que é fiel aos seus princípios. Na cozinha, o princípio básico está nos fundamentos: o savoir-faire não muda. As técnicas continuam as mesmas no tratamento dos produtos. Desta forma, o chef deve conhecer profundamente os produtos oferecidos para unir à sua expertise.

Mantenha o padrão de qualidade, de uma forma constante. O cliente pode atravessar a cidade para degustar a receita que ele elegeu como a melhor. Imagine se alguém faz uma propaganda para os amigos sobre algum restaurante e chega ao local e a receita não está no mesmo padrão em que ele estava acostumado? Isso tira a credibilidade do chef.

O chef precisa personalizar seu negócio com o objetivo de criar uma identidade e não cair no modismo. Infelizmente isso é muito comum em grande parte do país. Haja vista que encontramos restaurantes que se dizem típicos (locais) em grandes metrópoles, e na verdade oferecem um cardápio contendo todo tipo de comida. Isso mostra a falta de personalidade destes estabelecimentos, o que os faz comuns em relação à concorrência.

O profissional não pode simplesmente copiar de forma literal o que a tendência ou moda manda: ele deve tirar proveito dela, mas criar suas próprias receitas a fim de obter algo único e fazer com que o cliente sinta que há algo de valor. Nunca subestime o cliente. Jamais pense que ele não tenha seu próprio referencial de sabores.

O que temos visto é que as pessoas tem feito tudo igual. Parece que há um movimento de padronização da cozinha. Falta ousadia, e logo, o cliente acaba comprando produtos parecidos por falta de opções (em torno da qualidade).

Ser autêntico é ser ousado, porém fiel às boas práticas. O profissional precisa ter coragem para mostrar o seu trabalho, oriundo da sua criatividade e apoiado pela pesquisa e desenvolvimento. Quem faz isso muito bem são os pequenos produtores dos premier crus franceses.

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